ÁSIA: Ações do continente lideraram novamente destaque de queda, em um pregão misto na Ásia nesta terça-feira, com os investidores duvidosos em relação a uma série de medidas de emergência implementadas por Pequim para apaziguar os mercados.
Na China, o Shanghai Composite retomou sua desaceleração e caiu 1,26%, devolvendo parte dos ganhos da sessão anterior após medidas de apoio orquestradas por Pequim no fim de semana. O índice CSI300 das blue chips despencou 1,8%, enquanto Shenzhen Composite caiu 5,3%. Em Hong Kong, o Hang Seng seguiu seus pares do continente e fechou em queda de 1,03%.
Além de interromper as ofertas públicas iniciais (IPOs), 21 das melhores corretoras de valores mobiliários da China, disseram no sábado que iriam investir coletivamente pelo menos 120 bilhões de yuans (19,3 bilhões de dólares americanos) para ajudar a estabilizar os mercados de ações do país, depois de uma queda de quase 30% desde meados de junho. Além disso, 57 fundos de investimento chineses já estariam investindo 2,2 bilhões de yuans em fundos de ações. O Banco Popular da China (PBOC) também lançou 250 bilhões de yuans para empréstimos de médio prazo aos bancos na semana passada para assegurar uma adequada liquidez no sistema.
Setor bancário aumentou sua série de altas; Bank of China e China Construction Bank subiram até o limite diário de 10% cada, enquanto China Life Insurance e Ping An Insurance também avançaram 10%, no entanto, analistas dizem que investir apenas em blue chips pode não ser eficiente para estabilizar o mercado.
Nikkei do Japão subiu 1,31%, recuperando mais da metade das perdas de segunda-feira, quando fechou perto de uma baixa de uma semana. Caçadores de pechinchas compraram papéis fortemente vendidos. Exportadores como Sony e Panasonic saltaram 0,9 e 1,2%, respectivamente, enquanto Sumitomo Mitsui Financial Group fechou em alta de 0,8%.
As varejistas japonesas começarão sua temporada de balanços trimestrais nesta semana, com Seven & I Holdings devendo anunciar após o fechamento do mercado. Ações da operadora de loja de conveniência Seven-Eleven saltaram 2,4%, enquanto o pesado Fast Retailing subiu 2,6%.
S&P/ASX 200 da Austrália subiu 1,94% após o Banco da Reserva da Austrália (RBA) anunciar que estava mantendo a taxa de juros inalterada em uma baixa recorde de 2%, em linha com as expectativas. O dólar australiano fechou em torno de $ 0,7487, ante 0,7471 dólar americano antes do anúncio.
Setor de mineração e bancos atraíram ordens de compras. Fortescue Metals e Rio Tinto (LONDON:RIO) saltaram 4,1 e 1,1%, respectivamente. BHP Billiton adicionou 0,9%, apesar de uma nova queda nos preços do minério de ferro, que caiu 5,4% para 52,28 dólares a tonelada durante a madrugada, somando-se a uma queda de 11% da semana anterior. Westpac liderou os ganhos entre os principais credores, com um aumento de 3,9%.
Produtores de energia avançaram depois que o petróleo estabilizou no comércio asiático. Woodside Petroleum subiu 1,5%, enquanto Santos aparou perdas para 0,5%.
EUROPA: Mercados europeus operam em queda nos primeiros movimentos desta terça-feira, com os investidores aguardando o resultado de uma reunião de emergência entre os líderes da zona do euro onde mais uma vez a Grécia vai enfrentar seus credores europeus.
O Stoxx Europe 600 recua 0,08%. Os bancos franceses, espanhóis e italianos ficaram sob pressão na segunda-feira devido a preocupações com sua exposição à Grécia, mas a maioria segue sendo negociado em alta. BMPS e UBI Banca sobem em torno de 2% nesta manhã. Banco Popular e Natixis também operam em território positivo.
Os controles de capital sobre os bancos gregos estão ainda em vigor após o Banco Central Europeu (BCE) decidir, na segunda-feira, elevar o montante das garantias que devem deixar para os empréstimos. Mercado de ações da Grécia, bem como os bancos, permanecerão fechados nesta terça-feira e quarta-feira.
A chanceler alemã, Angela Merkel e o presidente francês, François Hollande, que discutiram a situação grega nesta segunda-feira, disseram que a Grécia precisa apresentar propostas sérias para retomar as negociações de resgate.
No Reino Unido, o FTSE 100 recua, pesado por papéis do setor de energia, após os preços do petróleo tombarem para seu nível mais baixo em três meses. Temor da Grécia e preocupações sobre uma potencial inundação do petróleo iraniano para o mercado global são vistos por analistas como as razões para as quedas dos preços.
BP cai 1,17%, Royal Dutch Shell sobe 0,06% e BG Group (LONDON:BG) recua 0,16% e entre as mineradoras, BHP Billiton cai 0,57% e Rio Tinto recua 0,17%.
Na parte dianteira dos dados, a produção industrial de maio do Reino Unido subiu 0,4%, impulsionada por uma forte produção de petróleo e gás, mas o setor de manufatura permaneceu fraco.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
9h30 - Trade Balance (balança comercial; mede a diferença entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país);
11h00 - JOLTS Job Openings (pesquisa mensal em diferentes indústrias em que analisa contratações, abertura de emprego, demissões, recrutamentos, etc);
11h00 - IBD/TIPP Economic Optimism (mede o nível de confiança do consumidor e o otimismo quanto à atividade econômica);
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h20:
ÁSIA
Nikkei: +1,31%
Austrália: +1,94%
Shanghai Composite: -1,26%
Hong Kong: -1,03%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,54%
London - FTSE: -0,15%
Paris CAC -0,69%
IBEX 35: -0,34%
FTSE MIB: -0,05%
COMMODITIES
BRENT: +1,04%
WTI: +0,85%
OURO: -0,29%
COBRE: -3,78%
SOJA: -0,61%
ALGODÃO: -0,52%
ÍNDICES FUTUROS
DOW: +0,03%
SP500: +0,09%
NASDAQ: +0,06%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.